Desemprego entre jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa de grupo mais velho, aponta pesquisa




Problemas como a falta de experiência profissional e a precariedade do trabalho dificultam a entrada e a permanência dos jovens, mesmo com a melhoria nas taxas de emprego do país nos últimos anos. O desemprego no Brasil é maior entre os jovens de 18 a 29 anos Marcelo Camargo/Agência Brasil desemprego entre jovens brasileiros de 18 a 29 anos é mais do que o dobro da taxa observada em um grupo mais velho, de pessoas de 30 a 59 anos, uma pesquisa dos pesquisadores de FGV IBRE aponta. O estudo foi baseado nos dados contínuos do IBGE PNAD e mostra que, embora o desemprego no Brasil tenha atingido seu menor nível em 2024, os jovens permanecem difíceis de obter uma ocupação. Para Ibge, pessoas sem trabalho que procuram um emprego são consideradas desocupadas. Aqueles que não estão procurando uma ocupação porque estão estudando, por exemplo, não entram no cálculo. (Leia mais aqui) Problemas como falta de experiência profissional, baixa qualificação e trabalho precário estão entre os principais desafios enfrentados pelos jovens que procuram emprego no país, explica a autora de pesquisa Janaína Feijó. “Como eles não têm experiência e qualificação necessárias, as oportunidades que geralmente aparecem para os jovens são informais, porque não podem atender aos critérios de vagas formais”, diz ele. “E isso tende ao feedback. Quando o jovem vai para a informalidade, os desafios para se qualificar e retornar ao emprego formal são maiores. É a armadilha subempregada. Quando você entra, é difícil sair”, continua ele. De acordo com a pesquisa, do total de 18 a 29 anos que foram ocupados no último trimestre de 2024, 38,5% trabalhavam em informalidade. No grupo de adultos de 30 a 59 anos, a percentual cai para 35,9%. Essa alta taxa de informalidade entre os jovens também reflete um subocucopo mais alto do grupo por horas insuficientes trabalhadas. Em outras palavras, mesmo quando conseguem um emprego, os jovens “acabam em vagas onde trabalham menos horas do que gostariam, e isso atinge a performance”, diz o economista Paulo Perucchetti, que também é o autor da pesquisa. No quarto trimestre do ano passado, os trabalhadores brasileiros ganharam cerca de US $ 3.315 por mês. Entre os jovens, a média era de US $ 2.297. Assim, a pesquisa também mostra que as ocupações que a maioria dos jovens trabalhadores do Brasil são considerados de baixa qualificação e salários baixos. (Veja a tabela abaixo) A taxa média de informalidade das 20 ocupações listadas na tabela foi de 44,6%, superior à média nacional e com um rendimento médio de R $ 1.815. Os desafios da nova geração, além da necessidade de qualificação técnica, os pesquisadores da FGV IBRE destacam a falta de habilidades socioemocionais (as habilidades sociais chamadas) como um obstáculo para os jovens entrarem e permanecerem no mercado de trabalho. Para a maioria das vagas, é importante que os funcionários possam cumprir os pedidos, trabalhar em equipes e serem resilientes e proativos, mesmo sem experiência profissional, diz o economista Janaína Feijó. Isso faz com que as empresas frequentemente prefiram contratar pessoas mais velhas e mais experientes, acreditando que se encaixam melhor na vaga oferecida, ressalta a pesquisa. “E há também um fator sociocultural, que a geração Z chega ao mercado de trabalho com expectativas que não se encaixam necessariamente no que os empregadores estão exigindo”, diz Feijó. O desemprego entre jovens no Brasil é mais que o dobro da taxa de grupo mais antiga de janeiro a fevereiro deste ano, pedidos de demissões entre 18 e 29 anos representavam quase metade do total de pedidos no país, de acordo com outro estudo do pesquisador. “Esta geração tem valores diferentes; portanto, às vezes, quando os empregos não são tão bem pagos ou têm escalas mais rigorosas, os jovens não podem ficar e sair por conta própria”, diz ele. “Muitos também podem se dar ao luxo de procurar outro emprego se não gostarem porque vivem com seus pais, não são financeiramente responsáveis ​​pela casa”, acrescenta ele. O baixo desemprego torna o trabalhador mais exigente, e os empreendedores se desenrolam para contratar: ‘Eu fiz tudo’ O caminho é um olho -a educação para a baixa inserção dos jovens no mercado de trabalho pode afetar o desenvolvimento econômico do país, especialmente em um contexto de envelhecimento da população, destaca o estudo. Além de reduzir a força produtiva e comprometer a inovação e a competitividade do país, com menos jovens funcionários, há uma diminuição na cobrança de impostos e nas contribuições da seguridade social. Para o economista Paulo Peruchetti, em um cenário de mercado acalorado e cada vez mais competitivo, “é essencial que os jovens se qualifiquem para ocupar vagas que pagam melhor e sejam mais formais”. Janaína Feijó diz que atualmente existem muitas iniciativas de treinamento e cursos profissionais gratuitos. Mas para trabalhar, eles precisam estar melhor alinhados com as demandas do mercado. “Não adianta o governo fazer esses programas se você não entender as dores das empresas. Você precisa fazer esse vínculo entre o lado do empregador e a oferta, que são jovens que procuram emprego. Ajudando-os a desenvolver habilidades socioemocionais, como se comportar no trabalho”. O Brasil tem o maior número de trabalhos offshore para ansiedade e depressão em 10 anos



Fonte g1

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