Uma operação policial federal revelou um esquema de desconto inadequado para benefícios do INSS que moveu mais de US $ 6 bilhões desde 2019.
Associações e sindicatos com acordos formais com a agência fizeram acusações sem permissão de aposentados e aposentados, causando danos diretos a milhões de beneficiários. A investigação acendeu um debate político: quem deve ser responsabilizado?
Leia mais: Scandal do INSS: Presidentes de entidades registradas na Bolsa Familia
Como o esquema de fraude do INSS funcionou

Entidades como associações e sindicatos usaram acordos de cooperação técnica (ACT) assinados com o INSS para fazer descontos mensais nos benefícios do Seguro Social. Em teoria, esses valores seriam destinados a serviços como médico, odontológico, legal, entre outros.
No entanto, a auditoria do Controlador Geral da União (CGU) mostrou que a realidade era diferente: 97,6% dos entrevistados disseram que não autorizaram nenhuma afiliação a essas instituições. Além disso, 95,9% garantem que não tenham vínculo com nenhuma associação.
Valores bilionários em jogo
Os valores transmitidos a essas entidades cresceram significativamente nos últimos anos. Os dados revelam a evolução dos descontos:
- 2016 a 2021: de R $ 413 milhões a R $ 617 milhões por ano
- 2022 (ano passado do governo de Bolsonaro): R $ 706,2 milhões
- 2023 (já na administração Lula): R $ 1,3 bilhão
- 2024 (projeção): R $ 2,6 bilhões
No total, mais de R $ 6,3 bilhões foram alocados a essas entidades entre 2019 e 2024. Em muitos casos, os aposentados nem sabiam que estavam sofrendo os descontos.
Disputa política: Quem é responsável?

A revelação gerou acusações de troca entre os governos de Bolsonaro e Lula. A CGU identificou que a maioria dos acordos com entidades suspeitas foi assinada durante a gerência de Bolsonaro. O governo de Lula já viu os valores atirar, mas também começou as investigações e determinou a suspensão de novos atos.
A crise também teve um impacto no governo: o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido e o ministro da Seguridade Social Carlos Lupi renunciou.
Medidas para proteger os beneficiários
Em resposta à operação da PF, o governo de Lula suspendeu atos com associações que permitiram descontos e criaram novas regras. Agora, a autorização só pode ser feita com assinatura eletrônica qualificada ou biometria.
Além disso, a opção de bloquear descontos através do aplicativo My INSS foi disponibilizada, permitindo um maior controle dos beneficiários.
Conclusão

O escândalo de descontos impróprios no INSS revelou uma séria fragilidade no sistema de proteção contra aposentadoria. A identificação de irregularidades bilionárias acendeu um aviso da responsabilidade do Estado de garantir a segurança dos dados e o dinheiro público.
A investigação continua, mas a lição já é colocada: o controle precisa ser rigoroso, independentemente do governo.
Com informações de: BBC News Brasil
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/v/J/qTks1vRiSJPROHruP2bg/ato20250515060.jpg?w=1200&resize=1200,700&ssl=1)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/h/D/yQVJ0yQHy0B1Ge2tzcSA/whatsapp-image-2025-06-09-at-21.38.03.jpeg?w=1200&resize=1200,700&ssl=1)

/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/9/b/pl9bcDSjaCt1iBs6Hx3A/2025-06-08t172102z-791159508-rc2hyeawh6i4-rtrmadp-3-colombia-politics-uribe.jpg?w=1200&resize=1200,700&ssl=1)










/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/a/B/qZc1p7QdC21xN8Qm2c5w/captura-de-tela-2025-05-27-203827.png?w=1200&resize=1200,700&ssl=1)


