‘Ouro tóxico’: avanço do garimpo diminui em 3 terras indígenas, mas criminosos migram para nova área




A abertura de novas áreas é motivada pelo “apetite internacional” e os bancos correm para aumentar as reservas de ouro, diz uma ONG. A devastação se retirou em alguns TIS, como Yanomami, mas aumentou em Ti Sararé em Mato Grosso. Avanços ilegais de mineração na terra indígena de Sararé em Mato Grosso. Fábio Bispo/Greenpeace A destruição dentro de terras indígenas (IT) na Amazônia para abrir uma nova mineração registrou um ligeiro aumento até 2024. No ano passado, 22 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados nos principais pólos de atividade ilegal. Em 2023, essa área estava 20 quilômetros quadrados. A pesquisa faz parte do relatório tóxico de ouro feito pelo Greenpeace e divulgado na terça -feira (08/04). A organização mapeou o impacto ambiental da mineração nos territórios indígenas mais afetados da Amazônia: Sararé, Mato Grosso; Kayapó, Munduruku, ambos em Pará e Yanomami, divididos entre Amazonas e Roraima. “Vemos que o governo conseguiu conter o ritmo de abrir novas áreas em locais muito críticos, como Yanomami. Isso é uma boa notícia. No entanto, a mineração continua sendo uma ameaça aos povos indígenas”, diz Jorge Dantas, porta -voz do Greenpeace Brasil, em entrevista à DW. Segundo a pesquisa, a devastação causada pela busca clandestina por ouro caiu (-7%) no período em Ti Yanomami. O mesmo aconteceu nos territórios de Munduruku (-57%) e Kayapó (-31%). Em Ti Sararé, a destruição de destruição: o desmatamento para a mineração cresceu 93%. De mineração a cofres do banco no ano passado, 61 toneladas de ouro deixaram o Brasil para outros países. Cerca de 25% do metal vem dos estados da Amazônia, com liderança de Mato Grosso. Os maiores compradores em 2024 foram o Canadá, a Suíça e o Reino Unido – a Alemanha foi sexta -feira na lista. Os três primeiros importadores, o relatório apontam, são líderes de cadeias de suprimentos internacionais. O alvo das denúncias no passado na compra de metal extraído criminalmente no Brasil, na Suíça, onde mais da metade do ouro exportou para a União Europeia (UE), prometeu em 2022 que não adquirisse mais ouro ilegal da Amazônia. Além de jóias e relojoeiros, responsáveis ​​por metade do mercado mundial, outro destino ganhou peso: cofres do banco central. Nos últimos quatro anos, o consumo de ouro neste setor aumentou quatro vezes. “A permanência da mineração tem a ver com o apetite internacional que causa essa pressão no interior. Há mais de 70 bancos centrais em todo o mundo exigindo esse ouro, usando -o como uma reserva financeira. Estamos em um momento de instabilidade, para que a pesquisa só aumente”, diz Dantas. Uma pesquisa aprofundada sobre o tema do Instituto de Escolhas mostrou que 94% do ouro comprado pela UE do Brasil tem um alto risco de proveniente de fontes ilegais, como TIS e unidades de conservação. “Com tantos intermediários a caminho, há muito poucas chances de determinar a origem exata do ouro”, concluiu o estudo, publicado em agosto de 2024. Origem duvidosa de alto valor, baixo volume e manipulação fácil, o ouro é difícil de rastrear. Quando extraído ilegalmente na Amazônia, é manipulado na própria mineração e ganha a forma de um lingote ou fofo. Freqüentemente, torna -se uma moeda de pagamento ou troca de comunidades, aldeias e aldeias locais. Segundo o relatório, o metal é vendido principalmente à pequena joalheria da capital de Roraima, Boa Vista, sem nenhuma documentação que atesta sua origem e, muitas vezes, sem a autorização oficial do Banco Central. Quando se trata de vender ao comércio, o único requisito da lei brasileira foi a apresentação de uma nota manuscrita como prova da origem do ouro. O fracasso, chamado Princípio da Boa Fé, foi extinto em março após uma votação na Suprema Corte, STF, quando os magistrados determinaram que a União estabelece os meios para supervisionar o ouro. Um projeto apresentado pelo atual governo sobre o assunto ainda está sendo processado no Congresso. “A cadeia de custódia do ouro, aqui no Brasil e lá fora, é pouco supervisionada, pouco monitorada. É muito aberto, digamos, para os processos de lavagem e aviso de ouro”, critica o Greenpeace. A migração da migração para evitar a aplicação com o reforço da inspeção principalmente em terras indígenas de Yanomami a partir de janeiro de 2023, atormentada pela extração ilegal de ouro, malária e desnutrição, os garimpeiros expulsos podem ter migrado para outras áreas da Amazônia. Em 2022, a Associação Hutukara Yanomami estimou a presença de 20.000 invasores. “Eles mudam para lugares que sofrem uma deficiência de proteção pelo Estado. É mais fácil para eles migrar, porque não há política mais eficaz, uma presença mais eficaz do estado na proteção de territórios”, DW Dinamam Tuxá, advogado e coordenador executivo da articulação dos povos indígenas brasileiros (APIB). A provável migração dos garimpeiros, reforça Dantas, aparece em relatórios indígenas e imagens de satélite. Com a operação de combate intensificada no território de Yanomami, muitos se esconderam na Venezuela e outros seguiram o sul da Amazônia. “O envio é uma coisa muito dinâmica, muda muito fácil e muito rápido. Garimppiros tem grupos de WhatsApp e até alerta quando eles terão a operação de Ibama”, diz Dantas. “E quando descobrem uma nova mina, eles dizem ‘uma fofoca está rolando em tal lugar'”, diz o porta -voz do Greenpeace, citando o termo usado pelos garimpeiros para se referir a um novo local para roubo de ouro. Foi assim que Ti Sararé entrou no alvo. A presença de invasores ameaça a floresta, a saúde dos povos indígenas e a vida daqueles que denunciam. As investigações apontam para a crescente presença de crimes organizados na mineração da Amazônia, que se articula em grandes redes profissionais e capitalizadas, para extrair ilegalmente metais preciosos. Os povos indígenas querem proteção e rastreabilidade da cadeia de ouro para o APIB, a luta contra a mineração ilegal só será eficaz com uma proposta de estruturação de contê -la em terras indígenas. “Esta proposta deve prever, é claro, o orçamento. Ela deve prever a política de prevenção, que envolve supervisão e monitoramento dos territórios”, explica Tuxá. Esta é uma das reivindicações apresentadas pelo movimento indígena durante o Free Terra Camp, que ocorre até o fim de semana em Brasília. Tuxá afirma que esse plano precisa ser preparado com a participação das comunidades impactadas pela mineração ilegal. Ao mesmo tempo, argumenta o porta -voz da APIB, o governo brasileiro precisa criar mecanismos de rastreabilidade para identificar a origem do metal. “Além disso, você precisa manter e indicar esses criminosos ambientais, os principais negócios que estão adquirindo esse ouro ilegal e qualquer outro metal que tenha sido explorado indevidamente de territórios indígenas”, diz ele. Um dos objetivos do relatório, de acordo com o Greenpeace, é apontar as falhas da cadeia de ouro e convencer os brasileiros da importância do TIS. “Os índios são os que melhor defendem a floresta amazônica. E isso é fundamental não apenas para as pessoas que moram lá, mas para todos que respiram, que dependem da chuva e de um clima equilibrado”, aponta Dantas. Ibama diz que aumentou a supervisão Sararé Jair Schmidt, chefe da supervisão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama), diz que tem dificuldade em comentar sobre pontos específicos do relatório porque não teve acesso ao conteúdo. Em relação à situação, Sereré, ele afirma que a inspeção se intensificou desde 2023 e que mais de 270 escavadeiras, o principal equipamento usado na mineração na região, foram destruídas. De acordo com Ibama, Redemais, um serviço de monitoramento contratado pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal, apontou no mesmo período analisado pelo Greenpeace, 2023 para 2024, uma redução de 30% em novas áreas para mineração em toda a Amazônia. “Ele ainda tem muita mineração ilegal, um trabalho hercúlea pela frente para irradiar toda essa mazela. Mas não se pode apenas olhar para pequenas variações em alguns territórios para desqualificar todo esse trabalho importante e emblemático que foi realizado nos últimos dois anos”, diz Schmidt. PF desativa 23 dragas em operação contra mineração ilegal e resgata 25 trabalhadores



Fonte g1

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