PF investiga ligação entre fraudes no INSS e empresas de crédito consignado


A polícia federal (PF) intensificou investigações sobre uma fraude bilionária que atingiu milhões de beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O foco está agora em revelar a possível conexão entre entidades que operavam descontos indevidos e empresas que oferecem empréstimos para folha de pagamento.

O rastreamento de movimentos bancários identificou transferências milionárias que reforçam suspeitas de uma rede articulada entre sindicatos, associações e o setor financeiro.

Desde 2019, estima-se que mais de R $ 6 bilhões tenham sido descontados diretamente da aposentadoria e das pensões de cerca de 6 milhões de segurados, mais deles sem o seu conhecimento ou consentimento. Parte desses recursos teria sido transferida para empresas que operam nos empréstimos da folha de pagamento.

A profundidade das conexões financeiras entre as partes é agora alvo da investigação federal e pode desvendar um conluio envolvendo agentes públicos, gerentes de entidades e empreendedores no setor financeiro.

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INSS Fraudes: Entendendo os descontos para transferências suspeitas

Polícia Federal
Imagem: Reprodução / Arquivo / Polícia Federal

Os intervalos de sigilo bancário feitos pelo PF apontam que entidades como AMBEC, UNSBRAS (atualmente chamadas de Unabrasil) e CEBAP fizeram pagamentos milionários a empréstimos para folha de pagamento.

As investigações indicam que as transferências podem estar relacionadas à prática de incorporação, sem consentimento, aulas associativas em contratos de empréstimos assinados com aposentados e aposentados.

Essas entidades, que afirmam ser representantes aposentados, levantaram somas astronômicas com descontos autorizados por meio de acordos. No entanto, muitos relatórios segurados nunca se juntaram a nenhuma associação – que reforça a tese de fraude sistemática na afiliação.

Como o suposto esquema funcionou

De acordo com a investigação, a operação do esquema era engenhosa: os empréstimos da folha de pagamento ofereciam aposentados não apenas empréstimos, mas também afiliação simultânea a entidades que posteriormente descontaram taxas mensais diretamente do benefício do INSS. Esses valores, por sua vez, foram transmitidos parcialmente às empresas como um comitê.

Um dos contratos analisados ​​pelo PF, assinado entre o CEBAP e o HKM, revela que a empresa de crédito recebeu a primeira taxa mensal paga pela nova afiliada e 30% do subsequente. A HKM pertence ao empresário Herbert Kirsterssson Menocchi, ex -gerente do BMG Bank.

Outro caso citado pela investigação envolve a empresa Balcão of Opportunities, que também atua como correspondente de empréstimos da BMG Payroll. A empresa teria recebido R $ 5 milhões apenas da AMBEC, além de ter grandes contratos com o CEBAP.

Conexões familiares e comerciais no centro do escândalo

A estrutura de entidades e empresas envolvidas mostra uma rede de relacionamentos entre membros da família, diretores e empreendedores no setor de crédito. O nome de Maurício Camisotti aparece entre os principais investigados como um possível beneficiário final dos recursos desviados. Segundo os investigadores, os diretores das associações têm títulos familiares e profissionais com empresas de empréstimos da folha de pagamento, o que aumenta a suspeita de gestão cruzada e conflitos de interesse.

Outros nomes também aparecem em investigações. Amar Brasil (ABCB) e Mestre Anterior, por exemplo, mantêm seus membros da família de Américo Monte Filho, proprietário de empresas do setor. A PF identificou, apenas em Amar Brasil, movimentos financeiros de mais de R $ 320 milhões, parte dos quais passou para empresas que operam como correspondentes bancários na folha de pagamento.

Repercussão política e operação sem desconto

Aposentadoria do INSS
Imagem: Raofastockbr / Shutterstock.com

As revelações feitas por um Portal Reports Series MetrópoleAssim, A partir de dezembro de 2023, eles serviram de base para o surto da operação sem desconto, em 23 de abril. A operação culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Seguridade Social, Carlos Lupi.

Os relatórios revelaram que, em apenas um ano, as entidades investigadas levantaram R $ 2 bilhões com taxas com desconto dos aposentados. A gravidade do escândalo causou reações da cadeia nos corpos de controle e resultou em dezenas de medidas de busca e convulsão pelo PF.

Defesa e posições

O empresário Herbert Menocchi, através de seu advogado Conrado Gontijo, negou qualquer envolvimento com irregularidades. Segundo ele, “sua defesa está quieta sobre o que está no arquivo e totalmente disponível para as autoridades, para qualquer esclarecimento necessário”.

“A HKM recebe valores de seus clientes por serviços legais, eficazes e comprovados a serem prestados. A empresa não está relacionada a qualquer suposta irregularidade, e seu desempenho se baseia no respeito absoluto pela lei”, disse a defesa.

O Banco BMG, citado devido ao desempenho de Menocchi, disse que o empresário não tem vínculos com o grupo desde 2022. “Ele não mantém nenhum título de nenhum tipo com esse grupo desde esta data”, disse o banco, que também declarou saber os fatos relacionados aos inss.

Próximos passos da investigação

Com a operação da operação e a análise de contratos e transações bancárias, a PF pretende aprofundar a identificação da origem e destino dos recursos envolvidos. Um dos objetivos é determinar se as empresas de folha de pagamento agiram em conluio com as entidades ou se foram usadas apenas como um instrumento para redigir os recursos desviados do segurado.

O avanço das investigações deve incluir novos intervalos de confidencialidade e o testemunho de beneficiários que tiveram seus benefícios de maneira inadequada. O Controlador Geral da União (CGU) também atua em conjunto com o PF nas descobertas.



Fonte Seu Crédito Digital

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