CPMI do INSS vai agravar crise no governo Lula, diz Consentino


O escândalo de fraude envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) já representa uma dor de cabeça para o governo do presidente Luiz Inacio Lula da Silva. Agora, com a possibilidade de instalar uma Comissão Parlamentar Mista (CPMI) para investigar o caso, os impactos políticos podem se intensificar.

A análise é do cientista político Leandro Consentino, professor da Insper, que em uma entrevista com o UOL Newsalertou para o agravamento potencial da crise se a oposição puder levar a CPMI à frente.

Nesse cenário turbulento, o governo tenta manobrar para impedir que a iniciativa ganhe força no Congresso, enquanto lida com os danos já causados ​​aos beneficiários do Seguro Social.

Em seguida, entenda os bastidores desta crise, o esquema de fraude que afetou os aposentados e aposentados e o risco de desgaste político ainda maior no Planalto Palace.

Leia mais: A PF investiga a conexão entre as INSs e as empresas de crédito da folha de pagamento

A investigação pode pretender contestar no Congresso

Construindo o prédio do Congresso Brasileiro, em Brasília.
Imagem: Alejandro zambrana / shutterstock.com

Segundo Leandro Consenino, o momento é decisivo para o governo Lula. “Chegou a hora de medir a temperatura da água com o presidente do Senado, David Alcolumbre (União Brasil)”, disse o cientista político comentando sobre as cenas do Congresso nos bastidores.

A preocupação do Planalto é clara: se o aplicativo de instalação do CPMI for lido no plenário, o controle de pesquisa poderá escapar das mãos da base dominante. Nesse sentido, a esperança do governo é o Alcohubre, que se beneficiou de cargos e espaços no executivo, retribui a lealdade ao impedir o avanço da comissão.

“É por isso que o governo está de alguma forma tentando conter os danos agora, tentando buscar a alternativa ao CPI, seja CPMI, não cai nas mãos da oposição”, explicou Consenneum. O último cartão do executivo, segundo o especialista, foi a entrega do Ministério das Comunicações ao Partido Alcolumbre, na tentativa de manter sua base de aliada e evitar a traição.

Fraude exposta à fragilidade no controle do INSS

O caso que desencadeou a crise envolve uma rede de fraude cometida por associações de classes que trabalhavam com aposentados e aposentados. Essas entidades ofereceram serviços como aconselhamento e acordos jurídicos, aplicando descontos diretamente à folha de pagamento dos beneficiários por meio de supostas autorizações.

O problema é que muitos desses descontos foram feitos sem o consentimento adequado dos aposentados, levando a queixas e a mobilização da justiça. Atualmente, 11 associações estão sob medidas judiciais e foram proibidas de fazer novas acusações.

A situação abriu uma falha no sistema de controle do INSS, permitindo que terceiros agissem com relativa facilidade sobre os benefícios de milhões de brasileiros. A indignação entre o segurado aumentou a pressão sobre o governo e fortaleceu os argumentos da oposição, que agora buscam investigar as responsabilidades e mecanismos que permitiram essa fraude.

Reação do governo: contenção de danos e articulação política

Ciente da gravidade do escândalo, o governo de Lula tem se esforçado para impedir os efeitos colaterais políticos da crise. A primeira frente frontal está no campo da comunicação, com esforços para mostrar que as medidas corretivas estão sendo tomadas e que os responsáveis ​​estão sendo punidos.

O segundo, e talvez mais delicado, é a articulação política nos bastidores do Congresso. O medo do platô é que o CPMI se torne um estágio para ainda mais a oposição usar o governo, especialmente em um momento em que outras diretrizes impopulares estão em discussão.

“A idéia é que David Alcolumbre não leia esse pedido e procure devolver os favores que o governo fez ao longo dos meses, contemplando -o com inúmeras posições”, explicou Consenneum.

CPMI: Ferramenta de pesquisa ou instrumento político?

As comissões parlamentares mistas de investigação são instrumentos legítimos da legislatura para investigar irregularidades, mas seu uso é frequentemente acompanhado por interesses políticos. Para o governo, um CPMI sobre o INSS neste momento seria um alto risco.

Ao dar a cena para queixas e disputas, a Comissão pode se tornar uma arena de confrontos que prejudicam a governança. O medo é que depoimentos e revelações sirvam como munição para enfraquecer ainda mais a imagem do governo antes da opinião pública.

Além disso, a instalação do CPMI implicaria uma agenda de chamadas e investigações que aumentaria inevitavelmente o desgaste institucional, desviando o foco de outras prioridades do executivo.

Seguro Social sob escrutínio

INSS
Imagem: Raofastockbr / Shutterstock.com

O escândalo reforça uma realidade já conhecida, mas muitas vezes negligenciada: a vulnerabilidade do sistema de previdência social brasileira. O episódio de associações de classes que fraudadores aposentados não é isolado, mas parte de uma história de fraquezas nos mecanismos de controle e transparência.

Para os especialistas, além da responsabilidade dos envolvidos, o episódio deve estar alerta à necessidade de modernizar os processos do INSS e reforçar a proteção dos beneficiários. Sem isso, novas lacunas podem ser exploradas no futuro, com custos sociais e políticos ainda maiores.

Um teste de força para a administração Lula

O resultado dessa crise será um termômetro importante da força política do governo de Lula no Congresso. Se você pode evitar o CPMI e controlar a narrativa, o platô poderá sair com danos limitados. No entanto, se a oposição avançar e dominar a direção da investigação, os impactos podem ser profundos – e duradouros.

A avaliação de Leandro Consentino resume o desafio: medir a temperatura da água para saber até que ponto a lealdade dos aliados vai e qual é o custo real de manter a base unida diante de um escândalo que já compromete a imagem do governo.

Com informações de: Uol



Fonte Seu Crédito Digital

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